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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Rede Social do Bambu


Vem aí a guitarra de bambu laminado da ABC
Em breve estará pronta a guitarra de bambu laminado colado da ABC. Ficha técnica: - Bambu laminado colado por Marco Antônio dos Reis Pereira / Dep. Eng. Mecânica UNESP - Bauru - Desenho original por MODO Design e Oficina Bambu Brasileiro - Luthieria por Gaúcho, no ateliê da WG Móveis. (discípulo… Continuar
Postado por
Bambu Brasileiro em 17 dezembro 2008 às 10:37 — 1 Comentário

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ SOLSTÍCIO DE VERÃO!

Salve amigos da Rede Permanece!

Boto fé que esta Rede vai Permanecer, pois ao final deste ano, comemoramos as nossas reUniões em torno de fogueiras e de bioconstruções.

Grupos, indivíduos, profissionais e amadores, organizam-se e desorganizam-se sem se desunir, fazendo com que esta Rede aconteça!

Venho desejar a todos um Feliz Solstício de Verão, que foi celebrado pela Natureza (com a ajuda? do homem que classificou esse momento com este nome) no dia 21 de Dezembro de 2008. Como estamos muito próximos da Linha do Equador, não temos uma sensação de troca de estação muito significativa, embora, podemos experimentar uma sensação térmica mais elevada, um pequeno ensaio das chuvas...

Se tem uma coisa importante que a Permacultura ensina, essa coisa é a observação dos fenômenos da natureza. Com esta postagem, quero lembrar a todos para que comecem a observar o sol, a lua, as datas importantes de mudanças de ciclos, porque é importante para os trabalhos e também para nossa vida pessoal.

Abraços!
JP.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

BIOCONSTRUÇÕES X INVESTIMENTOS

Salve, salve amigos Permaculturais do Ceará, do Brasil e do Mundo!

Contextualizando para quem não está no Ceará, este diálogo se refere à recente chegada do amigos Canrobert e Vilani, empreendedores ecológicos baianos (www.ecojoaodebarro.com) , que estendem suas atividades aqui no estado do Ceará, tendo comprado uma pousada próximo à famosa praia de Jericoacoara e estão iniciando a promover cursos na área de bioconstrução e a construir a eco-pousada. É uma discussão antiga dentro da permacultura e bioconstrução, o que se refere aos custos e preços, mas é sempre bom falar sobre isso, ainda mais quando se pode falar de uma maneira educada, sem afetações, sem ressentimentos, tranquilamente, de forma sincera e transparente.

Acho importante divulgar a todos, aqui no blog da Rede Permanece, um diálogo por e-mail que aconteceu entre Canrobert e Vilani e a minha pessoa (JP), por iniciativa própria daqueles, que divulgaram em sua comunidade no orkut ( http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=34423890&tid=5277639037203358067 ) e eu apenas estendo a divulgação para que mais pessoas possam ler e que isso contribua para o nosso crescimento como Rede! Rogo pela paciência de todos para ler até o final, pois trata-se de um texto um pouco grande para ser lido no desconforto de um monitor.
Abraços a toda a Rede Permanece!
JP.

EMAIL DE JP PARA CANROBERT E VILANI:
Salve Canrobert e Vilani, Seguem as fichas de inscrição e de avaliação do curso.Mas as fichas são o de menor importância neste e-mail... O mais importante é que gostaria de agradecer a vossa cortesia, pois fiz o curso isento das taxas. Procurei facilitar o transporte do pessoal, ajudar na divulgação, que será permanente dentro da Rede Permanece. Tudo isso foi pouco e disponibilizo-me para futuras parcerias colocando minha energia em pról da realização dos seus objetivos ecológicos e sustentáveis. Lembrem-se de mim quando precisarem de soluções. Outro assunto importante que sinto necessidade de comentar com vocês e, sem sombra de dúvida, não haveria ninguém mais adequado do que vocês mesmos para que eu comentasse esse assunto, é o assunto do preço do próximo curso. Eu perguntei a Valdir como estava e ele me respondeu que até agora somente reclamações sobre o valor do curso. Isso me motivou mais ainda a escrever para vocês. Sinto-me uma criança ao expor isso, pois vocês vêm trabalhando nessa área e dando cursos na Bahia há tempos e sabem melhor do que eu como gerir esse tipo de empreendimento. Porém, na qualidade de habitante desse estado, tendo tido a oportunidade de viajar muito pelo Brasil e conhecer outras culturas, tendo noção de valores praticados em outros lugares, de quanto custa manter um empreedimento (eu tenho sítio, já fiz eventos nele e tenho noção de como é difícil a sustentabilidade econômica), tenho que dizer que o interesse nesse ramo sustentável aqui no Ceará não é tão grande e a disponibilidade de "tocar no bolso" para se chegar a ele ainda é pequena. Dentro de todo aquele povo que estava naquele evento, acho difícil alguém chegar perto do quanto eu já gastei de dinheiro buscando conhecimento. Entre cursos, estágios e voluntariados, já estive na ABRA 144, IPEMA, TIBÁ, IPEC, MARIZÁ, ECOOCA e CHÁCARA ASA BRANCA. Imaginem os custos para pagar todos os cursos e as despesas de alimentação e de transporte para ter chegado a todos esses lugares... Frequentemente tenho vontade de voltar ao sudeste ou sul, porque, digam-me vocês, com todo esse currículo e certificados de cursos, quantas oportunidades de trabalho na área de permacultura e bioconstrução eu teria aqui, vejam bem, estou falando de oportunidades, não de salário, apenas analisemos o nosso Ceará e respondamos, quantos investidores, fazendeiros ou empresários estariam interessados numa pessoa como eu para chegar e dizer assim: "tenho um projeto na área de sustentabilidade e gostaria que você participasse"? Muito poucas. Os empreendedores não enxergam a demanda, e os consumidores ainda se rendem aos menores preço e facilidades das escalas industriais do velho paradigma. Não gosto de me extender muito nos textos e o fato é que, não sei se já chegou aos ouvidos de vocês, mas o pessoal está reclamando do preço. Já haviam me reclamado do preço do outro curso, ainda R$200,00. Essa discussão sobre os preços dos cursos de permacultura e coisas afins não é nova e está chegando agora ao Ceará, justamente porque agora tem cursos. Mas eu acompanhei outras discussões Brasil afora e experimentei vários locais e preços diferentes. Posso dizer que o que falta é transparência. Quando estava no IPEC, uma jovem que reside lá falou assim: "as pessoas reclamam dos preços, mas não sabem o que a gente anda fazendo pela comunidade...", referindo-se, interpretei eu, a um repasse dos valores dos cursos para obras sociais. Eu não falei, mas pensei que é justamente por isso! As pessoas não sabem de nada! Não sabem quanto custa um quilo de feijão, não sabem quanto custa um quilo de carne, não sabem quanto custa uma diária de um pedreiro, não sabem quanto desse dinheiro vai para os custos, quanto vai para os lucros e quanto vai para o social... Não sabem de nada! Parte da culpa é dos organizadores que não divulgam esses valores! Na minha opinião, ainda dentro do velho paradigma do comércio, de ocultar os preços de compra e os lucros, para poder ter uma margem de especulação no seu preço. Comércio é assim mesmo e eu, particularmente, não vejo crime nenhum nisso. Porém quando se entra nesse ramo de sustentabilidade, muitos conceitos se misturam, confundem-se, fica gente dizendo que esses cursos deviam ser de graça, talvez misturando na suas mentes os conceitos bíblicos das coisas de Deus para a salvação do planeta com as técnicas sustentáveis que dizem que vão salvar o planeta, porém não é por aí, não existe nada de graça. Tudo custa e não necessariamente custa dinheiro. Custa tempo, custa trabalho, e alguma pessoa vai fazer isso e essa pessoa precisa também ter tempo e trabalho e precisa também comer, viajar, alimentar-se e, para isso, geralmente precisa-se de dinheiro. E tudo isso acho que as pessoas não sabem. Mesmo com toda a polêmica, lugares como o IPEC, TIBÁ e IPEMA(que ainda é barato comparado aos dois primeiros) estão satisfeitos com os seus cursos lotados, cobrando o preço que querem, mas lá existe a grande demanda! Toda a demanda do sul e sudeste! Não digo que vocês devem abaixar os preços... Pode não ser a melhor solução. Creio que se aumentaram é porque os custos pra vocês estão pesados. Falei muita coisa e não dei um direcionamento prático... Acredito que o que falta, que gostaria de ver alguém tomar essa atitude inédita no Brasil, é a transparência absoluta das finanças. Será que estou enganado ou faria muita diferença se as pessoas vissem um orçamento de um curso de bioconstrução? A alimentação, as diárias da equipe de apoio, os fretes do material e, por que não, os lucros, os ganhos do facilitador, porque está ali passando o seu conhecimento, cuidando do seu empreendimento, investiu e investe o seu tempo na aquisição de mais experiência para passar para os outros e merece ter a sua gratificação em dinheiro. O custo do curso poderia baixar bastante caso vocês fizessem um modelo cooperativo, um modelo de construção conjunta, com todo mundo sabendo dos gastos, participando da organização, revezando-se na preparação dos alimentos, na limpeza, fazendo cotas da alimentação e das despesas do empreendimento e também fazendo cotas dos lucros, do pagamento do facilitador. Se essa dica não foi boa, tenho outra observação mais comercial, que é um gasto em cartazes, panfletos, distribuição massiva em universidades, escolas, conselhos profissionais de engenheiros, arquitetos, professores, cientistas em geral, uma visita pessoal de vocês a pessoas com bastante inserção social, visitas a diretores de escolas para grupos de estudantes, visitas a agências de viagem (esse curso pode ser perfeitamente transformado em um pacote e vendido até em outras capitais), conheço agências que fazem ecoturismo e que creio que fechariam ótimas parcerias com vocês. Espero não ter sido inconveniente, pois é uma sensação horrível quando você está dedicado a um trabalho e uma pessoa de fora vem, de forma não muito agradável, criticar e dizer para que você faça isso ou aquilo. Eu já passei por isso e tem que se respirar fundo pra não ser grosseiro. Espero ter feito as observações e sugestões de uma maneira correta e educada para que não provoque esse efeito em nenhum de vocês. Torço para que o empreendimento de vocês dê certo e que esse pioneirismo seja um sucesso, encorajando outros a começarem e serem sucesso e incorporar isso na nossa cultura como norma. Grande abraço,JP.

RÉPLICA DE CANROBERT E VILANI
João Paulo, Saudações, Compreendemos e aceitamos suas percepções e considerações acerca das bioconstruções. Sem dúvidas, você é um grande companheiro e já percorreu caminhos e trilhas, e o respeitamos por toda essa caminhada. Entretanto, sabemos das dificuldades encontradas, incluindo-se essa questão tão bem abordada por você, quanto aos investimentos realizados nas capacitações de bioconstruções. Considerando os custos diretos e indiretos além da disponibilidade do facilitador (processos de trabalho), podemos considerar que os ganhos são tangíveis, na medida que construimos uma unidade ecológica ( em várias etapas), que poderia também ser construida até com custo menor, caso não fosse espaço de construção coletiva...(torna-se laboratório) tivemos essa experiência na João de Barro. Entretanto, a busca pelos resultados intangíveis, na criação de uma rede de bioconstrutores sobrepõe-se aos demais. Mas, o que temos observado é que muitos alunos, mesmos os profissionais das áreas de arquitetura e engenharia, depois dos cursos e oficinas, apesar de possuirem competências necessárias para o desenvolvimento de trabalhos nessa área, não o fazem! Isso tem contribuido para um sistema de crenças, baseado em idéias ingênuas, românticas e de "movimentos alternativos". Na realidade, precisamos "assumir" que são projetos coerentes, viáveis e factíveis, e para isso, requerem também investimentos na formação de pessoas para dar legitimidade. Não é "brincadeira de gente grande". O valor para o próximo Curso, com base nos custos do anterior, e levando-se em consideração os ganhos intangíveis,assim como a melhoria do espaço e da disponibilidade de alimentos, e outros recursos indiretos, no período de 28 a 30 de dezembro, com acomodação apenas em barracas será de R$ 300,00 trezentos reais- R$ 100,00/dia ( o que significa 25,00/dia/ pessoa/alimentação + material construção + pessoal de apoio+ combustível +trabalhadores+ passagens e despesas de viagem do facilitador(ainda estamos morando na Bahia) e outras que se façam necessárias para assegurar a realização do evento. Gostamos da sua sugestão de discutirmos em nossos cursos, a viabilidade financeira dos cursos de bioconstruções. Quanto custa estarmos ali, afinal vivemos mesmo na "lógica do capital". Não é mesmo? Vale Quanto Pesa??? Ou não vale? No curso anterior, tivemos 21 alunos pagantes,
16 a R$ 250,00
05 a R$ 200,00
12 de cortesia.
Você conhece alguma instituição que ofereça tantas vagas de cortesia para a formação da rede de bioconstruções? E os pagantes foram os financiadores dos não pagantes. Não é rede solidária? E percebemos que apesar dos nossos esforços a "qualidade do nosso atendimento" não correspondeu às expectativas. E contamos com pouca oferta de ajuda, com exceção de alguns companheiros, que em alguns momentos ajudaram na limpeza da louça. Por isso, também identificamos a necessidade de dispormos de mais pessoas de apoio mais qualificadas e de outros recursos, para oferecermos serviço de hotelaria nos próximos eventos. Assim, optamos para o próximo Curso, acolhermos um menor número de pessoas e prestarmos melhores serviços. Você será sempre bem vindo!! abraços Vilani e Canrobert
P.S estamos encaminhando também este mail para Valdir e Fernanda, no sentido de socializar as demandas dos nossos parceiros aí no Ceará.

TRÉPLICA DE JP
É isso aí amigos, por isso mesmo eu acho que isso TEM QUE SER DIVULGADO, porque no Brasil DIFICILMENTE você encontra um curso dessa qualidade com esse preço e essas vagas de cortesia nesse número. Por isso eu sou da opinião que o pessoal tem que saber o quanto custam as coisas e o que foi feito e quanto está se pagando por aí a fora. Eu sou testemunha. Com todos os esforços, com toda a intenção de se formar a rede solidária, no fim das contas, todos vão ser julgados e analisados como se fossem clientes x prestadores de serviços. Isso precisa ser conversado nos momentos das palestras, porque a gente vem viciado nesse modelo. E a lógica do capital é real, é o nosso dia-a-dia e o mínimo (e talvez o máximo) que a gente pode fazer é trazer isso para o diálogo, para fazer um processo de conscientização dentro do evento. Eu sugiro, e para isso podem contar comigo para o corpo-a-corpo, uma diversificação na divulgação. Talvez eu já esteja desatualizado, mas tem-se divulgado somente no meio "alternativo", que são os nossos conhecidos e amigos e amigos de amigos. Se tiver um material de divulgação, posso começar a visitar outras "freguesias", pessoalmente, mostrando as fotos, os cartazes, o facilitador... As vagas de cortesia... Por que não oferecer algumas vagas para agentes de viagem e guias de turismo, líderes de movimentos sociais, coordenadores e diretores de escolas, professores universitários (tinha que convidar o Marcondes da arquitetura e o Ronaldo bioconstrutor, aqueles que estavam a seu lado na mesa na palestra prévia do curso lá na Uece), e todas as pessoas que serão formadores de opiniões e poderão trazer mais gente no futuro. Dentro dessas cortesias, as vagas sociais, para pessoas da comunidade, de associações locais. Estou sugerindo e estou pronto pra botar em prática. Querendo é só falar! Abração!JP.