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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Entrevista com Fernanda Freire

Inaugurando a seção de entrevistas do blog da Rede Permanece, Fernanda Freire, zootecnista formada pela UFC, educadora, coordenadora de projetos de permacultura em escolas rurais do Ceará (Ubajara) e sul da Bahia, membro da Rede de Permacultura no Ceará.

Fernanda responde sobre a sua história como educadora permacultural e conta um pouco de suas vivências.


R.P.: Há quanto tempo você trabalha com educação?
F.F.: Trabalho com Permacultura como ferramenta de Educação Ambiental na prática desde 2005, quando estagiei numa Fazenda de Agricultura Biodinâmica em Ubajara. Eu morava em frente à Escola da Vila da Fazenda e sonhava com esta Escola tendo um sistema permacultural...

R.P.: O seu trabalho como educadora começou com a Permacultura?
F.F.: Sim, foi a Permacultura que me incentivou a ver a Educação Ambiental tendo um objetivo prático, mas já trabalhava com Agroecologa desde o início da Faculdade de Zootecnia na UFC. De alguma forma sempre estive em contato com a Educação formal, pelos divesos cursos que promovemos.

R.P.: Como a permacultura se encaixou no seu trabalho?
F.F.: Na verdade, no proprio Grupo Agroecológico da UFC descobri um Livro de Permacultura na bibioteca e a partir daí fui vendo que a Permacultura se encaixava em quaisquer campos em que se trabalhasse... Agricultura orgânica, Educação ambiental, Agroecologia, Arquitetura porque sinto que a Permacultura nada mais é que a união de todos estes contextos para a busca da sustentabilidade. Uma vez que trabalhamos as crianças como líderes que herdarão os problemas ambientais causados por nós no presente e no passado, a Permacultura vêm como propícia ferramenta para transmitir um cuidado ambiental para com o Planeta e na realidade em que elas vivem. Aprender o valor de cultivar a terra e alimentar-se com o fruto do seu aprendizado.


R.P.: Na sua opinião, existe diferença entre Educação Ambiental e Educação Permacultural? Seria a Permacultura uma especialização da primeira ou um tópico independente?
F.F.: Educação Ambiental é um termo utilizado quando se aborda o geral... Passar um conhecimento ecológico. Acho que essas sinonímias não são o mais importante e sim a ação que isso causa, os benefícios e os resultados práticos.

R.P.: Como e quando você sente a resposta do aprendizado?
F.F.: O aprendizado ambiental é percebido quando vemos as crianças se tornando monitores do Projeto, recebendo visita de outras escolas, explicando como funciona o sistema permacultural de sua Escola. Além disso, quando ouvimos os professores relatando que as aulas têm se tornado mais interessantes e melhor aproveitadas. As crianças aprendem melhor conceitos da Matemática, História, leitura e escrita na sala de aula criada ao ar livre. Também melhora a assimilação dos conceitos ecológicos de reciclagem, reaproveitamento, sáude, alimentação saudável, trabalho em equipe, arte, etc. Muitas crianças que não consumiam certas verduras, hoje dizem que além de comerem na Escola merenda orgânica porque é gostosa, estão incentivando os pais a consumirem mais estes tipos de alimentos naturais, além de perceberem que no seu quintal sempre havia aquele cantinho que aparentemente não produziria nada e que agora pode abrigar uma pequena horta domiciliar. Esse é o melhor retorno que temos pela Comunidade Escolar e em torno da Escola.

R.P.: No caso das crianças, como é a resposta dos pais e familiares? Existe um repasse do conhecimento nos lares?
F.F.: Os pais na Zona Rural demoram a perceber que a Escola pode ser um grande modificador da vida das crianças, mas com o passar do tempo eles percebem as mudanças em casa e vão conferir na Escola. Uma vez numa Escola da Bahia vi o relato da mãe sobre a filha que não se concentrava nas lições de Matemática, mas depois do Projeto realizava as atividades com muito mais atenção e afinco e que as suas notas haviam melhorado substancialmente. O repasse que promovemos é o incentivo das crianças para criarem espaços produtivos em sua casa, reciclarem seu lixo orgânico, cultivarem minhocas e os alimentos que elas gostam. Com algumas crianças isso vem dando certo.

R.P.: Qual é a sua maior motivação em continuar com esse trabalho?
F.F.: Com toda certeza é ver a melhoria da qualidade de vida destas crianças e de sua família. Tenho briho nos olhos quando uma delas chega pra mim e diz que fez canteiros em seu quintal e plantou morangos, cebolinha e coentro e que estão indo para o almoço da familia. A garantia de que estas pessoas podem ter uma Segurança Alimentar e consciência do horror que é consumirem verduras produzidas com agrotóxicos, nos faz continuar com esse Projeto em quantas Escolas forem necessárias, pois a Escola é o centralizador maior do conhecimento Ecológico que precisamos repassar para as crianças e pessoas próximas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Fernanda
PArabéns, muito legal mesmo o seu trabalho com as escolas!!!
Que bom ver pesoas realmente agindo e mudando as realidades destas gerações futuras!
Um beijo
Suzana

Anônimo disse...

GOSATRIA DE ORIENTAÇOES DE COMO MONTAR UM SISTEMA SIMPLES DE COMPOSTAGEM EM MINHA ESCOLA E UMA HORTA ORGâNICA1
eRICA
fORTALEZA CEARA
GILBERTOERICA@YAHOO.COM.BR

Anônimo disse...

fê,
fico feliz em ver em vc uma razão a mais para acreditar q podemos sim, contruir um mundo com justiça ambiental. o sonho continua mesmo q seja real nas crianças q vc educa, nas hortas q vc faz com amor e carinho. obrigado por fazer parte da teia da vida, pela vida, com a vida...muita paz no seu coração. inté. bns ventos.
Wilkson

ANINHA POMPEU disse...

Amiga!!!!! Parabéns!!!! Fico muito feliz por vc se destacar no seu projeto e por estar dando tudo certo. Fiquei tão surpresa quando vi a entrevista no jornal... que até guardei a página como uma recordação. Quero um contato seu.. e- mail ou orkut. Bjão da sua amiga Aninha do CLF!!!

Anônimo disse...

fernanda parabens pelo seu trabalho! è muito inportante para a saude umanidade è um desafio intanto agradeço por estar desenvolvendo em minha comunidade estou aprendendo muito com você luciano 30 de outubro de2009 thal um abraço