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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Apresentação do Projeto Campus Global no Brasil

Repassando...


Queridos amigos,

 

Escrevemos-lhes de Tamera, uma comunidade e centro de pesquisas no sul de Portugal dedicada ao desenvolvimento de um modelo de sociedade holístico e sustentável que se propõe a se apresentar como alternativa aos sistemas políticos e econômicos vigentes de violência e destruição. Dentro desse projeto surgiu a iniciativa do Campus Global, uma rede internacional de centros semelhantes que, uma vez interconectados, funcionariam como uma universidade mundial de irradiação dos conceitos por trás dessa linda visão, de um futuro sem guerra, de cooperação entre os seres humanos e a natureza, e de vivência em comunidade.

 

Ao redor do mundo é possível observar um fenômeno global de despertar de consciência. Diariamente, novas iniciativas pela paz surgem em todos os lugares, dentro dos mais variados contextos sociais e culturais. Não se trata mais de movimentos locais, dedicados à resolução de conflitos locais, mas de uma completa e definitiva mudança de sistemas – por trás de todas as guerras, por trás de todas as desigualdades sociais, por trás de todos os governos corruptos estão os mesmos padrões distorcidos de pensamento, os mesmos conceitos equivocados de economia, amor e religião. Essas são questões globais, e precisam ser solucionadas em um nível global.

 

Uma das bases conceituais do trabalho desenvolvido em Tamera é a consciência do impacto de soluções locais na situação global, baseada em duas idéias fundamentais: 'tudo é um ser' e 'toda a vida reage à informação'. Uma vez que o mundo é um sistema integrado que reage à informação, ele pode ser mudado pela inserção de nova informação em determinados pontos estratégicos. A informação de um modelo para novas formas de coexistência pacífica entre os seres humanos, ou "biótopo de cura", como são chamados, ainda que vivida em apenas alguns lugares do planeta, afetará todo o organismo da Terra.

Quando uma parte da informação considerada importante para a co – habitação não violenta entre todas as criaturas se inscreve no corpo informativo da Terra, o nível espiritual e mental da Terra, a noosfera, entra num estado "estimulado" (...) Se a informação é dada através da vivência concreta num biótopo de cura, surge um campo global de probabilidades de formas similares de vida em muitos lugares da terra. - Dieter Duhm

 

A construção desses modelos orienta-se por questões ecológicas e pesquisas de soluções de produção de energia e agricultura, por novas formas de cooperação com os seres e as forças da natureza e, em particular, pela criação de novas estruturas para o amor, a confiança e a vivência em comunidade.

 

Queremos, através desta carta, convidá-los para construir junto conosco essa visão, e tomar parte nos próximos passos e ações necessárias para que possamos começar a criar essa rede.

 

No Brasil já existe um grande e forte movimento de Permacultura, agricultura ecológica e muitas iniciativas ligadas a espiritualidade. As soluções já estão disponiveis, só precisam ser ampliadas e conectadas umas com as outras para que sejam potencializadas.  Cada um desses lugares pode se fortificar e se tornar uma escola de paz.

 

Para isso imaginamos os seguintes próximos passos:

1.      Saber quem se identifica com essa ideia, e qual pode ser a contribuição individual de cada um para fortificá-la e irradiá-la.

2.      Identificar potenciais futuros biótopos de cura em todas as cinco regiões do Brasil. Por enquanto foram levantados cinco possíveis pontos de foco iniciais, o Instituto Arca Verde no Sul, Terra Una no Sudeste, IPEC no Centro Oeste, Epicentro Marizá no Nordeste e Instituto Refazenda no Norte. Dependendo de como o projeto se desenvolver, muitos outros núcelos podem ser incorporados a essa rede.

3.      Mapear o que já existe implantado em cada um dos núcleos envolvidos e quais pontos precisam ser trabalhados para que cada um desses locais se torne um modelo nas áreas básicas de energia, água, alimentação e amor.

4.      Encontrar meios de comunicação que podem nos ajudar a divulgar essas informações, e descobrir qual é a melhor forma de apresentar esses conceitos dentro da realidade brasileira.

 

A partir disso já teremos uma ideia sobre quem pode e como cada um vai colaborar para criar essa rede e que medidas concretas devem ser tomadas para que a paz se torne real. O Manifesto de Tamera é uma das bases de manifestação dos conceitos básicos dessa visão, no entanto, é importante ter claro que essa não é uma rede administrada ou subjugada de qualquer forma a Tamera, o local é só mais um dos pontos a compor essa teia.

 

Anexos estão o Manifesto de Tamera e uma carta do IGP, Instituto para o Trabalho de Paz Global, sobre o Campus Global na América Latina.

 

É um grande caminho a se percorrer e temos muita coisa a fazer, mas tudo é possivel. A natureza nos ensina a cada instante que as soluções são simples e bonitas.

Em gratidão e amor.

Juliana Faber

Talita do Valle

Erica Weel

Flavia Soares

Eurico Rangel

Guilherme Alves




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